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Barakat!
(Barakat!)
94 min, cores, Argélia-França, 2005, 35 mm.
Árabe e francês com legendas em português.
Direção: Djamila Sahraoui
Elenco: Rachida Brakni, Fettouma Bouamari, Zahir Bouzrar, Malika Belbey, Ahmed Benaïssa

Em uma Argélia plena de fanastismo integrista, Khadija, uma enfermeira de cerca de sessenta anos, decide acompanhar Amel, uma jovem médica, na busca de seu marido, jornalista seqüestrado por terroristas. Ao fim de uma intensa procura, as duas mulheres irão descobrir-se e confrontar-se com as contradições dos homens.

Seleção Oficial da 8ª Bienal de Cinema do Institut du Monde Arabe
 


Beirute: Verdades, MENTIRAS e vídeos
(Beyrouth: vérités, mensonges et vidéos)
70 min, documentário, cores, Líbano, 2006, DVD
Árabe com legendas em português
Direção, Cenário e Som: Mai Masri

Por meio da história de Nadine, o filme é uma reflexão sobre a evolução da juventude atual de Beirute, logo após o assassinato do primeiro-ministro Rafik Hariri. São apresentadas as questões mais prementes e as reflexões dos jovens em um período de crise. Os depoimentos dos jovens de diversas origens e posições políticas mostram que a juventude libanesa tem uma consciência maior dos desafios, maturidade para enfrentar as dificuldades e uma necessidade de unificar o país. 

Prêmio do Júri de Melhor Documentário da 8ª Bienal do Institut du Monde Arabe de Paris 2006 - Mulheres Diretoras
 
Caramel
(Sukkar banat)
96 min, cores, Líbano, 2007, 35 mm e DVD
Árabe com legendas em português)
Direção: Nadine Labaki
Escrito por: Nadine Labaki e Rodney El Haddad

Layale trabalha em um salão de beleza em Beirute, juntamente com outras duas mulheres, Nisrine e Rima. Cada uma tem um problema: Layale está presa em um relacionamento sem futuro com um homem casado; Nisrine não é mais virgem, mas irá se casar em breve com um homem de família tradicional e religiosa; Rima sente atração por outra mulher. Em meio a isso, Jamale, uma cliente regular do salão, é uma atriz que está preocupada sobre estar envelhecendo; e Rose é uma costureira que devotou sua vida a cuidar de sua irmã mais velha, que tem um desequilíbrio mental, mas encontrou seu primeiro amor. O filme trata de forma delicada a vida dessas cinco mulheres que buscam a felicidade. O nome Caramel é uma referência ao método de depilação usado em diversos países árabes e que consiste na confecção caseira de uma massa feita com açúcar queimado, água e suco de limão.

O filme foi selecionado em diversos Festivais e ganhou diversos prêmios, entre os quais o Festival de Filmes de San Sebastian (Espanha) e Festival Internacional de Cinema do Oriente Médio (Abu Dhabi). Participou da Seleção Oficial do Festival de Cannes.
Seleção Especial da Caravana Euro-Árabe 2008.

 

Cosmópolis
55 min, documentário, cores, Brasil, 2007, Betacam – Português
Direção: Camilo Tavares, Otávio Cury e Cói Belluzzo

Hilário, italiano, ex-tenor de ópera, dono de uma loja de material elétrico; Peneira e
Sonhador, poetas nordestinos de rua; Sérgio, sírio, é dono de uma loja junto com o irmão; Leke, nigeriano, filho de Ogum, vende produtos africanos. Eles são alguns dos 12 milhões de habitantes de São Paulo, a maior metrópole do Brasil. São imigrantes estrangeiros que vivem a transformação urbana e participam da miscigenação que marca a cidade desde a sua origem. O documentário faz um paralelo entre a história da cidade e o universo privado desses habitantes, mesclando também cenas de arquivo e fotos antigas.

Especial sobre imigrantes árabes
no Brasil
Roda de Conversa (bate-papo)
Com o Diretor Otávio Cury sobre a Imigração Árabe no Brasil (e o trabalho do Centro de Estudos da Imigração Árabe no Brasil do ICArabe (Al-Máhjar)
21h, 12 de setembro (sexta-feira), após a exibição do filme

 

Littoral
(Littoral)
90 min, cores, Líbano-Canadá-França, DVD Árabe e francês com legendas em português
Direção: Wajdi Mouawad
Elenco: Steve Laplante, Gilles Renaud, Isabelle Leblanc, Miro, David Boutin, Pascal Contamine, Manon Brunelle, Estelle Clareton, Hani Mattar, Abla Farhoud
Produção: EGM Productions et les Films de Cinéma

Wahab é um adolescente de Montreal de origem libanesa. Logo após seu aniversário, seu pai morre, causando uma mudança brusca em sua vida. Para sua enorme tristeza, seus tios e tias recusam-se terminantemente a enterrar seu pai no Líbano, ao lado de sua mãe. Ele procura incansavelmente, nos pertences de seu pai, uma fita-cassete gravada onde seu pai faz diversos registros pessoais. Wahab descobre então uma verdade que ele não conhecia a respeito da morte de sua mãe: a escolha trágica que ela teve que fazer para que seu filho pudesse viver. Por isso, ele se rebela contra os membros de sua família e decide levar o seu pai para ser enterrado em seu vilarejo natal, Kfar Ryat, no Líbano.

Seleção Oficial da 8ª Bienal de Cinema do Institut du Monde Arabe

 

Filmes Ruins, Árabes Malvados
Como Hollywood Vilificou um Povo
(Reel Bad Arabs)
60 min, documentário, cores, Estados Unidos, DVD
Inglês com legendas em português
Direção: Sut Jhally
Baseado no livro Reel Bad Arabs, de Jack Shaheen
Com Dr. Jack Shaheen

Documentário que expõe de maneira detalhada como o cinema de Hollywood, desde o início da sua história até os mais recentes blockbusters, mostrou os árabes de forma distorcida e preconceituosa. O filme tem como apresentador o aclamado autor do livro “Reel Bad Arabs”, Dr. Jack Shaheen, Professor da Universidade de Illinois e estudioso do assunto. O filme faz uma análise, baseado em uma longa lista de imagens de filmes, de como os árabes são apresentados como beduínos bandidos, mulheres submissas, homens violentos, sheiks sinistros ou idiotas perdulários, ou ainda como terroristas armados e prestes a explodir pessoas e lugares. Uma maneira brilhante de mostrar em uma narrativa bem construída, como as imagens contribuíram e contribuem para formar os estereótipos em torno dos árabes, suas origens e sua cultura. Para escrever o livro, o autor analisou mais de 900 filmes, o que possibilitou formar esta contra-narrativa, reforçando a necessidade de mostrar a realidade e a riqueza da Cultura e da História Árabes. O filme foi exibido em diversos festivais nos EUA, Europa e Mundo Árabe e recebeu o apoio do Comite Anti-Discrimição dos Árabes Americanos.

Debatendo o Filme: “A Arte de Ser Árabe no Mundo Contemporâneo: o papel do cinema” 21h, 11 de setembro (quinta-feira), após a exibição do filme

Isabelle Somma, jornalista, dissertação de mestrado no Programa de Língua e Literatura Árabe da USP sobre a distorção da imagem do árabe em jornais de grande circulação após o 11/9 de 2001.

José Arbex Jr., jornalista e escritor. Doutor em História pela USP, professor de Jornalismo da PUC-SP. Autor de “Terror e Esperança na Palestina” e “Showrnalismo”.

José Roberto Sadek, mestre e doutor em comunicação pela ECA-USP. Dirigiu a TV Escola do Ministério da Educação. Atuou na TV Cultura. Secretário-adjunto da Cultura de São Paulo e autor de “Um olhar do cinema”.

Otávio Cury, diretor de cinema, o mais recente Cosmópolis, que participou do Festival Internacional de Cinema de São Paulo de 2007. Co-proprietário da Mutante Filmes.

Coordenação – Francisco Miraglia, professor Titular do Instituto de Matemática da Universidade de São Paulo (USP). Diretor cultural do Instituto da Cultura Árabe (ICArabe).


Juanita de Tanger
(Juanita de Tanger)
105 min, cores, Marrocos/Espanha, 2005, DVD Árabe com legendas em português
Direção: Farida Benlyazid
Elenco: Mariola Fuentes, Salima Benmoumen, Cheta Lera, Lou Doillon, Nabila Baraka, Mariana Cordero, Paco Algora, Abdellah Montassir, Concha Cuetos

Juanita, filha de pai inglês e mãe andalusa, conta estórias e fala sobre as mulheres da sua vida. Sua irmã, Helena, que estudou no liceu francês e busca por liberdade. Ester, sua jovem amiga judia marroquina e sua intensa história de amor impossível com um jovem marroquino muçulmano. E enfim, Hamruch, a fiel empregada, que cuida de toda a família quando os outros não estão lá. Como pano de fundo é mostrada a história de Tanger, no Marrocos, à época da Guerra Civil Espanhola, com a entrada das tropas do califado sob as ordens dos franquistas e com a chegada dos refugiados de toda a Europa, na época da 2ª Guerra Mundial. O filme é baseado na obra “La vida perra de Juanita Narboni”, de Angel Vazquez.

Seleção Oficial da 8ª Bienal de Cinema do Institut du Monde Arabe

O Ônibus
(Bosta , L’Autobus)
112 min, cores, Líbano, 2005, 35 mm e DVD Árabe com legendas em português
Direção e Cenário: Philppe Aractingi
Elenco: Rodney el-Haddad, Nadine Labaki, Nada Abou Farhat, Omar Rajeh, Liliane Nemri, Bishara Atallah, Mounir Malaeb, Mahmoud Mabsout, Rana Alamudin Karam
Produção: Fantascope Production

Após 15 anos de exílio na França, Kamal retorna à Beirute e tenta reconstituir o grupo de dança que formava com seus amigos de infância. Misturando a dança tradicional libanesa, o dabke e a música eletrônica, o grupo inventa um novo estilo coreográfico e tenta participar do tradicional Festival de Anjar. O grupo então decide partir a bordo de um fantástico ônibus escolar passando pelas vilas libanesas para apresentar a sua nova criação ao público. O processo termina sendo uma viagem interior para cada um, um resgate de tudo que fizeram e passaram e do que eles agora podem recuperar.

Seleção Oficial da 8ª Bienal de Cinema do Institut du Monde Arabe

 

A Porta do Sol
(Bab El Chams, La Porte du Soleil)
260 min, cores, Egito-Palestina-França, 2006, DVD
Árabe com legendas em português
Direção: Yousry Nasrallah
Baseado no livro homônimo de Elias Khoury
Elenco: Rim Turki, Orwa Nyrabeya, Hiam Abbass, Bassel Khay y at, Nadira Omran (Om-Hassan), Hala Omran (Chams), Mohtasseb Aref, Hanan El-Haj-Aly, Fady Abou-Samra

Filme retratado em dois episódios, conta a história de Yunis, um velho palestino da resistência que está em coma em hospital nos arredores de Beirute. Sua trajetória é narrada por Khalil, enfermeiro que fica a seu lado dia e noite, recusando-se a admitir que seu herói jamais ganhe consciência novamente. Vemos sua infância, seu casamento com Nahila, sua ausência no momento em que sua vila é destruída em 1948. Na segunda parte, Khalil fala de sua própria vida, sobre a guerra civil libanesa. Trata-se de um filme de ficção, mas que tem como pano de fundo a história palestina e mostra, com clareza e beleza, imagens difusas ao longo dos anos de ocupação. Mostra a humanidade e, com delicadeza, o enorme sofrimento de um povo que perde o seu lar e a sua pátria.


Sessão Especial em Homenagem à obra de Elias Khoury e Lançamento da Versão Brasileira do Livro “A Porta do Sol”
Mesa Redonda: “Diversos olhares sobre A Porta do Sol: o livro, o filme, a realidade e as questões atuais” - 20h, 10 de setembro (quarta-feira), após a exibição do filme

Marcia Camargos, jornalista e doutora em História Social pela USP. Conselheira editorial e voluntária da Editora Expressão Popular. Coordena o Centro de Documentação e Memória da Pinacoteca do Estado. Ganhadora dos prêmios Jabuti e da Academia Paulista de Letras.

Safa Jubran, bacharel em Letras, mestre em Lingüística e doutora em Lingüística pela USP. Professora da USP, no Departamento de Letras Orientais. Tradutora, verteu do português ao árabe o romance “Dois Irmãos”, de Milton Hatoum, e do árabe ao português o livro “A Porta do Sol”, de Elias Khoury.

José Farhat, cientista político e empresário. Fez estudos superiores em universidades libanesas. É colunista de diversos sites, inclusive do ICArabe.

Coordenação: Soraya Smaili, Professora livre-docente da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)/Escola Paulista de Medicina (EPM). Atual presidente do ICArabe.

Retorno ao País das Maravilhas
(Retour au pays des merveilles)
88 min, documentário, cores, Iraque-Reino Unido-França-Alemanha, DVD
Árabe e inglês com legendas em português
Direção, montagem, imagem e som: Maysoon Pachachi

Após 35 anos de ausência, a diretora Maysson Pachachi volta ao Iraque com o seu pai de 80 anos, Adnan Pachachi, que viveu no exílio e agora retorna para assumir cargo como membro do novo Conselho do Governo Iraquiano. A câmera percorre da esfera política às questões do cotidiano de um povo que resiste e não sucumbe ao desespero, mesmo diante da ocupação de seu país.

Documentário premiado na 8ª Bienal do Institut du Monde Arabe de Paris - Mulheres Diretoras.